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UNIDOGoverno de Moçambiquegef

CREDITO SUP1

 “A UNIDO trabalhou incansavelmente com o BCI e com o FUNAE, para trazer ao mercado um mecanismo financeiro impulsionador da adopção de sistemas integrados de energias renováveis, promovendo em particular: sistemas solares para a cadeia de valor da agricultura; sistemas solares para uso produtivo do sector comercial; e sistemas de transformação de resíduos orgânicos e em biogás”---- Sr. Jaime Comiche, representante da UNIDO em Mocambique. 

O BCI, a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e o Fundo de Energia (FUNAE) lançaram, na segunda-feira dia 12 de Abril, em Maputo, a Linha de Crédito BCI Super, de apoio ao sector agrícola com soluções de energias renováveis. Orçado em um milhão de Dólares, esta Linha de Crédito será, conforme referiu o administrador do BCI, Miguel Alves, na sua intervenção, “em forma de um fundo de garantia para a mitigação de risco, com a expectativa de um aligeiramento das garantias exigidas pelo Banco aos operadores do sector agrícola”. Alves afirmou que esta Linha “traduz-se num valioso e oportuno instrumento e numa aposta acertada de uma estratégia à qual o BCI está incondicionalmente alinhado, sendo de destacar neste fundo as condições atractivas que oferece para a aquisição de equipamentos de energias renováveis para uso produtivo no ramo dos agronegócios em Moçambique, seja na agricultura, seja no agro-processamento”.

Já o representante da UNIDO em Mocambique, Jaime Comiche, considerou que nos últimos dois anos, “a UNIDO trabalhou incansavelmente com o BCI e com o FUNAE, para trazer ao mercado um mecanismo financeiro impulsionador da adopção de sistemas integrados de energias renováveis, promovendo em particular: sistemas solares para a cadeia de valor da agricultura; sistemas solares para uso produtivo do sector comercial; e sistemas de transformação de resíduos orgânicos e em biogás”. Fez ainda referência às adversidades que se abateram sobre o país, nomeadamente os ciclones a pandemia da COVID-19 e os focos de insegurança, no Centro e Norte do país. “Perante tais adversidades, a pertinência deste mecanismo financeiro, tornou-se ainda mais reforçada. Tornou-se mais urgente, suplementar a resiliência e capacidade de adaptação, das comunidades locais e das PMEs, a adversidades conjunturais, para protegerem meios de subsistência, segurança alimentar e empregos. A Linha de Crédito BCI SUPER, torna-se assim, parte da resposta ao impacto socioeconómico da COVID-19, e da estratégia de ‘building back better’ preconizada pelo Secretário-Geral da ONU” - disse Jaime Comiche.

 

Por seu turno, o PCA do FUNAE, António Saíde, assegurou que o FUNAE está engajado na implementação da visão do governo que visa o acesso universal em 2030, um objectivo que se consubstancia “através de soluções dentro e fora da rede, no quadro do Programa Energia para todos” – afirmou, reconhecendo que “a intervenção fora da rede é bastante de cariz social”. E xortou : “urge a necessidade de transformar o meio da inclusão social em meio de inclusão económica, isto é buscar o uso produtivo”.

 

Em representação do governo, o Director Nacional de Energia, Pascoal Bacela, afirmou, no mesmo encontro, que o acto testemunhado “representa uma grande contribuição na construção da base de sustentabilidade para o serviço de fornecimento de energia a todos os consumidores à escala nacional”. Sublinhou que a promoção do uso produtivo de energia constitui um imperativo no processo de electrificação, salientando que o mesmo acontece a diferentes escalas. “Assistimos todos à produção do uso produtivo ao nível da indústria de larga escala, o que permite ao país cumprir com os índices macro-económicos de desenvolvimento. Porém, é ao nível de MPME que o uso produtivo representa um factor multiplicador, realizando dois objectivos fundamentais: a criação de emprego e a provisão de bens de consumo, especialmente nas zonas rurais” – afiançou, para mais adiante concluir que “através desta iniciativa, será possível alargar o conjunto de actores com intervenção directa e activa na provisão de serviços de fornecimento de energia virados para o uso produtivo. Vai também contribuir no aumento da disponibilidade de serviços energéticos modernos, que é essencial para satisfazer as necessidades humanas básicas nas áreas da saúde, educação, abastecimento de água, comunicação e desenvolvimento da capacidade e de género, pois a energia é a base de toda a actividade económica. E o progresso só pode ser feito, se estiverem disponíveis serviços energéticos fiáveis, acessíveis e sustentáveis para todos”.