Em Moçambique, a taxa de electrificação rural atingiu apenas 27%, dado que a expansão da rede de eléctrica tem-se mostrado técnicamente difícil, onerosa e muitas vezes ineficiente devido á dispersão e baixa densidade populacional.
O sector agrícola - um dos mais importantes da economia - enfrenta sérios desafios no acesso à electricidade e outras formas de energia moderna, e é frequentemente forçado a recorrer á opções mais dispendiosas e menos amigas do ambiente tais como o diesel, lenha e/ou carvão caros para desenvolver as suas actividades. Embora tenha sido estimado que Moçambique tem um potencial de 7 GW em projectos de energias renováveis, o uso de energias modernas para fins produtivos em actividades agrícolas, criação de gado e pesca é muito limitado.
De uma forma geral, para além do sector agrícola, a pequena e média indústria ainda consome grandes quantidades de combustíveis lenhoso para fabricar cerâmica, tijolos, em padarias, produtores de petróleo, chá, tabaco e sabão. A principal motivação para essa preferência é a convicção de que o diesel e os combustíveis lenhosos são a fonte de energia mais acessível combinada com a falta de conhecimento sobre fontes alternativas de energia.
Existem também crenças (em algumas indústrias) de que o uso do combustível lenhoso influencia positivamente na qualidade do produto final. Além disso, a transição do uso da lenha para fontes de energias renováveis pressupõe aquisição de novos equipamentos para produtores geralmente que não tem capacidade financeira para fazer investimentos.